Transformações do Sofrimento Psíquico
Aluna –
Baseado na entrevista com o Psicanalista Christian Dunker, entendemos que independente da cultura, o sofrimento é igual para todos, portanto somos impelidos a se colocar no lugar do outro, já que podemos nos reconhecer no outro através do seu sofrimento, ou seja, o sofrimento psíquico perpassa por todos nós. A ideia é que o sofrimento se altera e tem uma história que o revela. Como exemplo, temos o modo de sofrimento que revelou a psicanálise, que foi o paradgma da histeria, uma autonomia do sofrimento psíquico. Ou era um problema médico que precisava de tratamento ou era um problema moral que precisava de intervenção educativa, e naquele contexto o psíquico não tinha uma caracterização para ter reconhecido seu sofrimento mental. Quando Freud faz a descoberta sobre a histeria (anomalias no corpo, dores e sintomas neurológicos) concentrando-se nas mulheres, não tinham bases organicas, a causa então deste sofrimento eram afetos não revelados, “frases amordaçadas” sentimentos não ditos, no entanto, serviu para validar o sofrimento mental. O estudo de Freud sobre a histeria foi como um fundador do sofrimento psíquico, mas não sendo o único a fazer isto em sua contemporaneidade. A síndrome da neurastenia em 1890 nomeada por George Be Buck era ligada a vida moderna, porque as pessoas estavam trabalhando de mais e estavam irritadas, estressadas, criando um novo modo de sofrer, isto, há mais de um século atrás, e hoje percebemos que o trabalho continua sendo um tipo de sofrimento. Na França, Pierre Janet identificou outro paradigma, a psicastenia, que era casos de mulheres que tinham predisposição a alteração da consciência e entravam em transe, sendo sugestionada por outros, onde o real impunha tanta expectativa que o sujeito entrava neste tipo de sofrer. Mas porque a histeria triunfou fundando nossas formas de sofrer? Enquanto a neurastenia era um sofrer ligado ao trabalho e psicastenia ligada ao mundo social, a