Sociologia da saúde e depressão
Indice
introdução
O fim do percurso universitário representa para os jovens recém-licenciados, o emergir, o renascer duma nova fase, que se manifesta em todas as suas vertentes, seja na esfera comportamental, social ou económica.
A transição do campo universitário para o mercado de emprego representa a reavaliação das escolhas, de experiências, de conceito.
Esta fase ascendente, marcante no movimento de indepêndencia, que o jovem idealiza ainda antes de terminado o seu percurso académico, o desejo de saída da esfera familiar, a constituição de familia, a perspetiva de autonomia social e financeira é actualmente resfriada pela contração económica que vigora, pelas dificuldades de entrar no mercado de trabalho, de concretização das escolhas universitárias e profissionais.
Num passado recente, a saída do universo académico, com um diploma universitário, era garantia de uma carreira profissional bem sucedida, uma remuneração confortável, reconhecimento no mercado de trabalho.
Atualmente, face às novas realidades económicas e sociais, o emprego, elemento crucial na transição para a vida adulta, é acompanhado de imprevisibilidade, de competitividades multidimensionais, de precariedade nos rendimentos auferidos, estatutos e tarefas, independentemente do grau académico conseguido.
Com um quadro de não empregabilidade ou trabalho precário, os jovens adultos oscilam entre o desejo de autonomia e a dependência económica prolongada nos progenitores, entre o desejo de constituirem familia e a necessidade de adiar o desejo do casamento, da maternidade ou da paternidade.
Todos os projetos de vida pós-licenciatura, investidos na realização dum futuro profissional próximo, são adiados ou abalados. Com o intuito de adiar este quadro, há jovens que encetam projetos pós-universitários com a realização de cursos de especialização, mestrados, doutoramentos, quando a envolvência familiar e económica o permitem.
Sentimentos de