Sociologia brasileira
Prof. Raul T. Zermiani, Msc.
Para registrar quem são os sociólogos brasileiros neste espaço, não há dúvida de que escolhas deverão ser feitas. Mais difíci l ainda é falar de sociólogos que foram influenciados pela literatura desde o Período Colonial, de 1500 até a Independência em
1822, passando pelo Barroco e o Arcadismo. Lembremos também do Romantismo vigente no Império, do Parnasianismo e do
Realismo no início da República, fechando o século XIX com o Simbolismo. Mas será o Modernismo, culminado com a Semana da Arte Moderna, em 1922, que incitará as reflexões sobre o Brasil e a busca por análises científicas deste país que se fez tão diverso. A nação brasileira, a busca pela instituição de um Estado-Nação, foi discutida junto à idéia de modernidade, porém, com uma modernidade que é externa ao país. Daí até hoje haver críticas sobre o brasileiro que admira tudo o que “do exterior” (uma reação à interpretações deste tipo foi Macunaíma, obra de Mario de Andrade, de 1928). Até culminar o Movimento Modernista, com a Semana de 22, as elites brasileiras vislumbravam a modernidade com o apoio da ideologia positivista, de Auguste
Comte. Tanto foi que temos como símbolo o lema “Ordem e Progresso” na bandeira nacional. Assim foi todo o período da
República Velha (1889-1930).
Os temas para análise dos estudos sobre o Brasil eram a raça e o clima. Destaca-se neste período os nomes: Silvio Romero,
Euclides da Cunha, Nina Rodrigues, Oliveira Vianna e Arthur Ramos. Todos estes intelectuais se preocupavam em explicar a sociedade por meio da interação da raça com o meio geográfico. O brasileiro era considerado apático e indolente e, como não havia uma vida intelectual filosófica e científica no país, diziam que a solução era o embranquecimento da população com a vinda de imigrantes europeus.
SILVIO ROMERO (1851-1914)
Publicou Cantos do fim do século, em 1878 e sua obra caracteriza o Romantismo. Fez estudos sobre o folclores