Sobre A Verdade E A Mentira No Sentido Extramoral
No dizer sempre expressivo de Nietzsche, o intelecto humano que repousa no berço esplêndido da natureza, é, de fato, o responsável em auxiliar os seres mais desfavorecidos. Essa trilogia, orgulho + conhecimento + percepção, causa no homem um efeito embriagador, que cega e entorpece os sentidos, enganando-os acerca do sentido axiológico da existência. Através do “olhar” de Nietzsche, descobre-se a verdade e mentira no sentido extra-moral. É inegável, de fato, que a ilusão é um efeito mais comum sob esse enfoque.
Interessante se faz notar que o intelecto age por sua vez, como meio de conservar e manter o indivíduo na sociedade. Utiliza ainda, a força da dissimulação, que é uma “semente” que adubada, produz os mais variados tipos de frutos, inclusive, a ilusão, lisonja, mentira, calúnia, ostentação etc.
O glamour de viver uma vida utópica, ostentando uma realidade irreal, mostrando um status alienado, leva o homem a viver perigosamente, nutrindo a própria vaidade em um eterno prazer frente ao “outro”, em uma constante justificativa inconcebível de afirmação da verdade que é mentira.
Contudo, os homens são acometidos de um instinto de verdade, quase honesto que é possível de acreditar, de tão puro e transparente.
Por exemplo, o indivíduo que recebe um hóspede, mima-o com todas as gentilezas, ofertando o melhor talher, a melhor roupagem de cama e mesa, (usados somente em ocasiões especiais), uma alimentação farta e variada, tudo da melhor qualidade, no rosto um aparente sorriso congelado de alegria. Ademais, com o propósito único de que, o hóspede, ao se despedir, leve uma impressão de que