Sistema ABC de vendas
Os sistemas tradicionais revelaram-se inadequados à gestão interna da organização, pois detectaram-se neles duas importantes falhas:
Incapacidade para apresentar os custos dos produtos com um elevado grau de fiabilidade, e
Incapacidade em fornecer à gestão um "feedback" adequado ao controlo das operações empresariais.
Como resultado, foi-se verificando que em muitas empresas eram tomadas decisões de venda de produtos com base em informações inadequadas sobre preços, “mix” de produtos e processos de fabrico.
Os sistemas tradicionais de custeio focam-se no produto. Os custos são atribuídos directamente aos produtos pressupondo-se que cada produto consome recursos na proporção directa do seu volume de produção. Desta forma, atributos de volume, como o número de horas de trabalho directo, de utilização de máquina ou o custo das matérias primas são os factores (“drivers”) utilizados para a repartição dos custos administrativos (ou de “overhead”).
No entanto, estes factores não têm em conta a diversidade de produtos, quer em termos de forma, quer em termos de qualidade, não mostrando também uma relação directa entre o volume de produção e o custo dos consumos efectuados.
Contrariamente, o modelo ABC foca-se nas actividades que compõem o processo de "fabrico". Os custos são atribuídos aos produtos a partir das actividades, com base nos consumo dessas mesmas actividades durante o processo produtivo. Desta forma, atributos das actividades, como os seus tempos de “setup”, o número de vezes que são realizadas, etc., são utilizados como factores