Estudo de Caso Opera de Sidney
A Ópera de Sydney é conhecida no mundo inteiro, não só por sua localização bucólica e concepção rara, mas pelo custo astronômico de sua construção.
Além da ópera em si, o complexo abrange um teatro, cinema e outras instalações e é um dos exemplos mais divulgados e controvertidos da arquitetura moderna.
O desenvolvimento do conceito começou quando, em 1955 e 1956, o governo de Nova Gales do Sul, realizou concorrência internacional procurando concepções originais e inovadoras para uma casa de ópera a ser construída em um terreno peninsular próximo à Ponte do Porto de Sydney.
Um plano criativo apresentado por Jorn Utzon, arquiteto dinamarquês, foi escolhido, e ele mesmo ficou encarregado da coordenação do projeto.
Instigado talvez pelo entusiasmo e a ambição política, o governo de Nova Gales do Sul concordou com o início antecipado a despeito do fato de muitos problemas de planejamento técnico e construção ainda requererem solução. Em 1959, o governador deu início ao projeto. Uma impressionante cerimônia pública marcou a ocasião, com uma orquestra tocando ao fundo enquanto uma frota de bulldozers movia-se para iniciar a limpeza do terreno.
Ao contrário da prática habitual, os engenheiros do projeto (Ove Arup & Partners) foram contratados pelo governo sem que se consultasse o arquiteto. Os motivos para essa escolha não são claros.
Como empresa de engenharia, a reputação da Ove Arup era inquestionável, mas embora muito competente, não possuía aparentemente experiência suficiente para dotar seus engenheiros de habilidade para solucionar os novos desafios de construção e ir de encontro aos métodos aprovados pelo arquiteto.
Muito trabalho experimental foi necessário até que os complexos problemas de construir as estruturas em forma de concha pudessem ser resolvidos. Após prolongada deliberação e experimentação, Utzon acabou tendo a brilhante idéia de construir as gigantescas conchas por meio de um processo modular, como segmentos de uma esfera.