SIntese Nausea
Em "A Náusea", Sartre nos mostra a história de Antoine Roquentin, um historiador letrado e viajado, que chega à cidade de Bouville a fim de escrever a biografia do marquês de Rollebon, figura pitoresca e de excentricidade fascinante, que vivera na cidade durante o século XVII na França onde freqüenta a biblioteca a procura de material para escrever um livro sobre a biografia do marquês de Rollebon. Ao iniciar seus trabalhos, logo se desencanta de forma irreversível não só pela biografia, como também pela própria sociedade e condições humanas com as quais se depara em Bouville.
Roquentin é, então, acometido por uma estranha sensação de aversão ao ser humano e sua condição existencial - a "náusea". Cercada de um niilismo exacerbado e elucubrações de alta profundidade intelectual, Como se fosse um diário esta história trata da falta de sentido das relações entre as pessoas. Antoine Roquentin é um rapaz de trinta anos, solitário, observador e introspectivo que logo no início de seu trabalho se desencanta e se sente desestimulado pela história da vida do marquês e pela sociedade da cidade da França Bouville.
"A Náusea" mostra um protagonista despadronizado e repelido pelas próprias contestações que faz a respeito da existência e sua falta de sentido, ou seja, a respeito da gratuidade e ilogicidade da existência, por si só desprovida de essência. Trata-se, portanto, da saga de um personagem conturbado e por vezes beirando a loucura, tal é a nudez existencial a que ele se expõe mecanismos de busca essencial.
Nesse diário, Roquentin narra uma série de acontecimentos que estavam ocorrendo em sua vida sem que ele os compreendesse. Havia mudanças na sua relação com o mundo, com os objetos. Escreve: “os objetos não deveriam tocar, já que não vivem. (...) E a mim eles tocam – é insuportável. Tenho medo de entrar em contato com eles exatamente como se fossem animais vivos” (SARTRE, 2000, p.26). Essas mudanças se expressavam através de uma “metamorfose