Intertextualidade presente em Caetés e Ubirajara
“Luísa quis mostrar-me uma passagem no livro que lia. Curvou-se não me contive e dei-lhe dois beijos no cachaço”. (RAMOS, p.9) Tentei adornar Luísa com os atributos de que a tinha despojado. – Para quê? Refleti. É melhor assim. (....) – Adeus balbuciou Luísa com uma lágrima na pálpebra. – Adeus, gemi. (RAMOS, p.217) Logo mais passamos a observar que João Valério escreve um livro chamado Caetés no qual não passa do segundo capítulo. Focando na figura do índio que João Valério escreve, é possível se ter uma comparação do índio antropófago de Graciliano Ramos com o bom selvagem Alencariano. Jose de Alencar idealiza a figura indígena, tudo isso ocorre nos três livros sobre romances indígenas que o autor escreve “Todos” quase que em forma de prosa, é como se o próprio autor convivesse naquele ”meio” e desfrutasse de tudo que o bom selvagem experimentasse e vivesse. Entretanto é possível notar através da estrutura gramatical do romance, a forma como o autor escreve etnograficamente, é preciso que o leitor percorra por diversas vezes o dicionário indígena (elaborado e encontrado apenas na obra de Ubirajara) para que possa entender o que o autor quis dizer.
Ele chama-se jagurê, o mais feroz jaguar da floresta; os outros fogem espavoridos quando de longe o pressentem. (ALENCAR, p.13) O coraíba guiou teu passo ao encontro de Pojucã, o