Sindrome de hunter
Foi descrita pela primeira vez na história pelo médico canadense Dr. Charles Hunter em 1917 que nasceu na Escócia, emigrou para o Canadá e tinha um consultório médico, em Winnipeg, Manitoba.
A doença consiste na incapacidade do organismo em fraccionar e reciclar determinadas substâncias conhecidas como glicosaminoglicanos (GAGs). São cadeias polissacarídicas que colaboram na manutenção de um grande espaço de hidratação na matriz extracelular. Assim, os GAGs acumulam-se nas células de todo o corpo em virtude da deficiência ou da ausência da enzima iduronato-2-sulfatase (I2S). Consequentemente, interfere no funcionamento de determinadas células e órgãos do corpo, gerando uma série de dificuldades ao organismo. À medida que o número de GAG aumenta, os sinais da síndrome de Hunter se tornam mais visíveis.
Alguns desses sinais são volume da cabeça (macrocefalia) e aumento de abdómen. Podem também apresentar perdas auditivas, espessamento das válvulas cardíacas (levando a um declínio progressivo na função cardíaca), doença obstrutiva das vias aéreas, apneia do sono e aumento do fígado e baço. A amplitude dos movimentos e a mobilidade também podem ser afectadas. Em alguns casos, o envolvimento do SNC pode ocasionar atrasos no mesmo.
A velocidade de progressão é variável e é importante realçar que a síndrome de Hunter é geralmente grave, progressiva e afecta a qualidade de vida do paciente, podendo levar à diminuição significativa de sua expectativa de vida.
A incidência é de 1 em cada 155 mil indivíduos.
DIAGNÓSTICO
Os primeiros sinais que levam ao diagnóstico da síndrome são os sinais e sintomas visíveis. O diagnóstico é realizado entre os dois e os quatro anos de idade e numa primeira fase (e mais