Sexualidade en sala de aula
Crianças descobrindo as diferenças entre meninas e meninos... Pais que sequer trocam de roupa na frente dos filhos... Meninas com o lado masculino mais aguçado... Meninos brincando de boneca... Pais que não querem nem pensar nas manifestações sexuais dos filhos...
E adolescentes... Ah, os adolescentes! Fase da vida em que a sexualidade é, no mínimo, um dos principais assuntos pensados e falados. E os educadores, que papel devem ter nessa história?
O educador pode não ser o protagonista na construção de um ser humano, mas sem dúvida é um dos principais personagens, já que o desenvolvimento da sexualidade da criança e o que ela entende como sendo o mundo estão diretamente relacionados com a educação que ela vai ter. Cabe, então, a esse profissional exercer o respeito ao ser humano e às suas diferenças, exigindo o mesmo de todos e não permitindo que haja nenhum tipo de discriminação no ambiente escolar. Preconceitos, valores e opções pessoais não têm espaço na relação entre professores e alunos.
Abordar sexualidade não é simples, mas também não precisa ser uma cena de terror. “Em relação aos comportamentos sexuais observados em sala de aula, como beijos, exploração do corpo do colega e jogos sexuais, o educador pode pautar-se pelos mesmos princípios que usa para outros comportamentos inadequados em aula, ou seja, demonstrar que entende a curiosidade, mas que a escola é um lugar onde se deve respeitar a vontade dos outros e que estão lá para aprender, brincar etc.” É o que sugere Marina Almeida, psicóloga, psicopedagoga e consultora de educação inclusiva do Instituto Inclusão Brasil.
É fundamental que o educador não passe valores morais reprovadores aos alunos, como se a curiosidade fosse algo negativo. “As crianças de 4 ou 5 anos, por exemplo, ainda não agregam valor sexual às atitudes, e os adultos têm dificuldade de enxergar que se trata apenas de