Educaçao Sexual
EDUCADORES E ADOLESCENTES
Ana Alice Brites
INTRODUÇÃO
A construção da sexualidade ocorre a partir de suas determinações históricas, socioculturais, antropológicas e psicossociais. Na visão de Foucault (1976), a história aponta períodos em que a sociedade caracterizava-se principalmente pela repressão. As crianças eram tidas seres assexuados, vivenciando um contexto de famílias moralistas e rígidas. Neste ambiente, as mulheres cumpriam papéis sociais de uma condição familiar socialmente aceita: a procriação. Os homens, por sua vez, usufriam de uma “figura de poder”, podendo gozar de seus prazeres sexuais como bem entendessem.
No início do Século XX, houve uma grande contribuição de Freud (1987), ao ousar anunciar a uma sociedade conservadora e repressora sua teoria sobre a sexualidade infantil. Sua concepção de sexualidade extrapola as constantes denominações reprodutoras, apresentando-se como uma fonte de energia vital, organizada diferentemente durante as fases da vida de cada indivíduo.
Em contrapartida, ainda na atualidade, verificam-se muitas questões polêmicas em torno da sexualidade. Comumente, estas questões encontram-se relacionadas às mais variadas sensações, percepções e descobertas dos indivíduos, sendo, por vezes, associadas a situações vulgares, tornando-se alvo de julgamentos morais. Destarte, apesar de diversos fatores culturais, como o movimento feminista, e o avanço nos meios de comunicação, terem contribuído fortemente para a aceitação das abordagens neste assunto, ainda existe muita repressão em torno da sexualidade.
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Segundo Bento, Gonçalves & Prizmic (2007), o termo sexualidade, muitas vezes é confundido com o ato da relação sexual. Porém é necessário compreender que o sexo é acima de tudo uma necessidade fisiológica, básica e instintiva, ao passo que a sexualidade engloba muitos fatores sexuais humanos, dentre eles a relação sexual. É necessário tomar