Sequencia didática
Como resultado das mudanças sociais, políticas e econômicas pelas quais estamos passando hoje existe uma preocupação latente em se realizar pesquisas que busquem compreender o exercício da docência e dos processos de construção da identidade, profissionalidade e profissionalização do professor. É isto que faz nesta obra, José Contreras Domingo, professor graduado em Ciências da Educação pela Universidade Complutense de Madri e Doutor também em Ciências da Educação pela Universidade de Málaga. Além de professor da Universidade de Barcelona, Contreras é membro dos Conselhos de Redação das revistas Investigación en la Escuela da Universidade de Sevilha e Temps d’educació da Universidade de Barcelona, autor de diversos artigos científicos publicados sobre teoria do currículo, professores e sobre a pesquisa-ação, assim como também de vários livros dentre os quais Ensenanza, Curriculum y professorado, Introducción crítica a la didáctica, Models d’ínvestigació a l’aula, este último em co-autoria com Angel Pérez Gómez e Félix Angulo Rasco. A obra que ora resenhamos divide-se em três grandes partes compostas de oito capítulos que versam sobre a preocupação do autor com a apropriação indiscriminada, banalizada e generalizada dos termos profissionalização e autonomia de professores. Na primeira parte – A autonomia perdida: a proletarização dos professores–, Contreras analisa o problema do profissionalismo no ensino, em especial o processo de proletarização pelo qual passa o professor, os vários significados do que é ser profissional e as ambigüidades e contradições que estão subjacentes na aspiração à profissionalidade. Na segunda parte – Modelos de professores: em busca da autonomia profissional do docente –, são discutidos três modelos tradicionalmente aceitos com respeito à profissionalidade dos professores, a saber: o especialista técnico, o profissional