Segregação
Devido às relações sociais complexas presentes na sociedade atual, se tem a reprodução de uma sociedade integrada e dos excluídos. Quando se refere à metrópole brasileira, o padrão de segregação mais conhecido é o do Centro x Periferia, enquanto um ocupa um espaço com diversos tipos de serviços, a outra ocupa lugares mais afastados carentes de serviços e equipamentos, sejam eles públicos ou privados. Entende-se segregação como um processo de grande relevância para a compreensão do espaço intra-urbano (VILLAÇA, 2001).
“[...] a segregação é um processo segundo o qual diferentes classes ou camadas sociais tendem a se concentrar cada vez mais em diferentes regiões gerais ou conjuntos de bairros da metrópole.” (VILLAÇA, 2001, p. 142).
Geralmente os grandes centros urbanos são caracterizados pela aglomeração do comércio, ou seja, a economia é um fator preponderante para a formação do espaço. Os centros urbanos têm suas funções aperfeiçoadas, devido às exigências para atender as demandas do sistema econômico social, criando o chamado Sítio Social. Milton Santos (1993,96) define o conceito de sítio social observando que a especulação imobiliária deriva, em última análise, da conjugação de dois movimentos convergentes: a superposição de um sítio social ao sítio natural e a disputa entre atividades e pessoas por dada localização. (...) Quando se trata dos espaços residências o raciocínio prossegue da mesma forma. Flavio Vilaça, afirma que uma forte característica das metrópoles brasileiras é a separação dos bairros residências de diferentes classes sociais, criando sítios sociais muito particulares.
O autor afirma que não se pode afirmar a predominância de uma classe social apenas em determinado espaço. Uma não exclui a existência da outra, podendo haver uma maior concentração de populações de baixa renda em determinados lugares. O fator determinante para a segregação é a presença significativa de uma classe em determinada região do que em