Claramente, a palavra segregação não deixa dúvida quanto ao seu significado mais geral, quando pesquisamos no dicionário: separação; divisão a fim de evitar contato; isolamento. Ao trazermos essa palavra para uma discussão de cunho sociológico, é inevitável pensarmos nos desdobramentos negativos para a vida social, principalmente do ponto de vista das hostilidades e conflitos sociais gerados pela segregação em si. Podemos observar vários tipos de segregação ao longo da história, os quais foram (e ainda são em alguns casos) motivados pelos mais variados fatores. A segregação racial não ocorreu somente nos Estados Unidos, na África do Sul recebeu o nome de apartheid, nos EUA, também tinha o nome de Leis Jim Crow. Este foi um desses apelidos pejorativos, difundido por uma canção cômica de 1832, aplicados a qualquer negro nos Estados Unidos de então. Um equivalente a um Zé Ninguém. Em alguns estados os negros eram submetidos a um exame sobre a constituição, em outros exigiam que seus antepassados já tivessem votado uma vez, o que era impossível por eles terem sido escravos. Essa leis vigiram por mais de 100 anos, entre a abolição da escravatura, em 1860, e 1965, quando foram revogadas nos estados onde remanesciam, por força da decisão da Suprema Corte. Elas impediam o acesso à escola, ao transporte, aos ambientes públicos e até aos banheiros de pessoas negras em igualdade de condições com os brancos. Além das dificuldades econômicas decorrentes de uma região recém saída de uma Guerra Cívil, os negros tiveram outros impedimentos. Alexis de Tocqueville afirmava que no período de escravidão os negros eram tratados de com mais benignidade, mas que o fim da escravidão o preconceito passa a existir de maneira exacerbada, apesar do homem negro ter se tornado livre perante a lei, o preconceito ainda os deixava preso sob algema de uma sociedade que considerava a existência de uma superioridade de raça. Esta situação agravou-se com a ascensão