Político e engenheiro paulista. Um dos principais opositores do Regime Militar, desaparecido desde 1971. Rubens Beyrodt Paiva (26/10/1929-?) nasce em Santos (SP). Casa-se aos 23 anos e, um ano depois, forma-se engenheiro civil pela Universidade Mackenzie. Inicia a carreira política em 1962 como deputado federal por São Paulo na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). No ano seguinte se torna vice-presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga irregularidades praticadas por generais do Instituto Brasileiro de Ação Democrática (Ibad), órgão que combate o comunismo no país. Por seu envolvimento na CPI, tem o mandato cassado pelo Ato Institucional nº 1, em 1964. Em 20/1/1971, sua casa em Ipanema é invadida e ele é levado para o DOI-Codi/RJ por homens que se identificam como militares da Aeronáutica. Sua prisão é justificada sob a acusação de manter correspondência com brasileiros exilados no Chile. No dia seguinte, a esposa, Maria Eunice Facciola Paiva, e a filha Eliane, então com 15 anos, também são detidas e interrogadas. A filha é libertada em 24 horas e a esposa, depois de 15 dias. Rubens Paiva é dado como desaparecido pelo Exército, que declara ter ele sido seqüestrado ao ser levado por agentes do DOI/Codi, em 28 de janeiro do mesmo ano. A versão é contestada pela esposa, baseada em depoimentos de testemunhas que afirmam que ele teria sido torturado até a morte. No início de 1998, a família recusa a indenização de 100 mil reais que a União concorda em pagar pela morte do parlamentar e exige reparação por danos morais e patrimoniais. A sentença da Justiça sai em setembro do mesmo ano e é favorável aos familiares de Rubens