Rococó
Autoria: W. F. Júnior
Capítulo 1 – Como tudo começou
Hoje, acordei mais mal-humorado que todos os outros dias, acordei sentindo aquele cheiro horrível do meu irmão, aquele cheiro de perfume de feira. A manhã estava mais calma que o habitual, não conseguia ouvir nenhum pássaro cantando do lado de fora, como era habitual acontecer em uma manhã primaveril, as ruas estavam totalmente paradas, parecia que a cidade tinha parado completamente. Acho que a minha casa era a única coisa em movimento nesta cidade imensa, desci para comer e hoje a minha mãe me mostrou um gesto de carinho, estava um pano cobrindo o meu café- da-manhã tal e qual ela fazia quando eu era pequeno, levanto o pano e encontrei um pão cheio de bolor e com o que me aparentavam ser vermes de mosca e do lado um copo de leite mais azedo que uma laranja verde, quase que eu vomito com a situação. Não havia mais ninguém dentro de casa, apenas eu e a minha sombra, ali perdido naquela casa pequena, tão pequena que por vezes parecia que estava sem ar. Então resolvo ir dar uma volta pela cidade para ver se encontrava alguém, mas pelo mais estranho que pareça não havia ninguém, uma pessoa, um cachorro enjoado ou vindo atrás de mim pedindo comido, nem sequer um pássaro eu consegui ver, os carros estavam todos estacionados na beirada da calçada, alguns estavam totalmente parados no meio da estrada. A cidade simplesmente parou se tornou uma cidade fantasma, mas o mais estranho foi que os edifícios e os prédios continuavam limpos apenas tinham uma quantidade de pó nos parapeitos – pareciam que não eram limpos à pelo menos 2 a 3 meses - mas os vidros mais transparentes que cristal, nenhum estava quebrado estavam impecáveis. Os prédios pareciam que tinham sido pintados recentemente. Fui até ao parque principal da cidade e não encontrei absolutamente ninguém, tal e qual eu esperava. No hospital deveria encontrar alguma resposta, o mais próximo ficava a cerca de 1 km dali, quanto mais eu andava mais as