Rococó
O Rococó surge em contraposição ao exagerado e detalhado barroco. O rococó é bem mais simples dotado de leveza e coloridos suaves. O termo surgiu na França e vem de uma palavra chamada rocaille (rocalha) – é um misto de conchas e rochas – comum para decoração de jardins e que é popularizado em analogia ao termo italiano barroco. Os alemães são os primeiros a utilizar o termo Rococó em relação ao estilo artístico referido à arquitetura e artes ornamentais na segunda metade do século XIX. Na arquitetura (principalmente nos interiores do local) Rococó predominam os traços sinuosos, cores claras, o uso da luz (pelas janelas). O luxo da decoração interna tem seu contraponto na simplicidade das fachadas externas do edifício. No Brasil o Rococó está presente na arquitetura religiosa (a qual trata de temas religiosos, não necessariamente é sacra) em meados do século XVIII. Em Pernambuco, a arquitetura religiosa desenvolveu uma síntese das tradições da arquitetura luso-brasileiras utilizando os padrões internacionais do Rococó, introduzidos aqui via Portugal. Nas fachadas do Rococó pernambucano, as ondulações de cimalha, que parecem projetar o frontão verticalmente e os coroamentos bulbosos das torres, se sobressaem com desenho bastante variado e às vezes complexo. A decoração das igrejas do Rococó pernambucano repetiu a associação portuguesa de talha, azulejos e pinturas. A capela de Nossa Senhora da conceição da Jaqueira é m bom exemplo do Rococó em Pernambuco, de padrão policromado com cabeceiras onduladas e decoradas com vasos em forma de rocalhas chamejantes, na fase madura do Rococó pernambucano. As decorações do Rococó pernambucano incluem pinturas no teto com perspectivas ilusionistas e pelo menos duas tipologias diferentes. A primeira, empregada em tetos planos ou de curvatura fraca, composta por painéis figurativos independentes e com exarcebadas molduras. A segunda, tem composições unitárias de perspectiva como na fase