Resumo Vassalagem E Feudo

790 palavras 4 páginas
Marc Bloch, ao discorrer sobre “O homem de vários senhores” trata da pluralidade das homenagens. Inicialmente, principalmente na vassalagem franca, um vassalo não poderia ter dois senhores. Se um mesmo cavaleiro estivesse ligado a vários senhores, era tido com algo que não agradava a Deus. Poderia-se mudar de senhor desde que este para o qual o vassalo fez o primeiro juramento, concordasse que o vassalo se desligasse dele para servir o outro. No entanto, com o tempo não era o que se via na prática. O que se via era os cavaleiros serem ao mesmo tempo de dois e até vários senhores. Bloch cita que no século XIII tinha um vassalo que tinha 22 senhores diferentes, outro, até 43. Muitos historiadores facilmente responsabilizavam esse hábito ao fato de que muitos senhores remuneravam os vassalos por meio de feudos. Muitos deles queriam ter vários senhores para conseguir muitos feudos e aumentar suas propriedades. Diante disso, Jacques Le Goff também discorre que se caso um vassalo fosse infiel, o senhor poderia confiscar suas terras, mas também que, em contrapartida, o vassalo poderia romper sua fidelidade com o Senhor, caso ele faltasse com seus compromissos. Diante desse processo de múltiplas dependências, acabou-se conduzindo a um sistema designado por Homenagem Lígia, esta como sendo a que estaria acima de todas as outras, uma espécie de super-homenagem. Seja qual fosse o número de senhores que o servo tinha, ele estaria mais comprometido com aquele de quem era lígio. Ainda é importante ressaltar como parte integrante dos acordos sociais algumas das obrigações feudais como corvéia, talha, banalidades, dízimo, jus primae noctis (direito da primeira noite), entre outros.

COMUNAS

Diante desse sistema, Hilário Franco cita as comunas medievais como uma alternativa ao poder senhorial e ao mundo feudal. Tal como a burguesia não se submetia às outras classes, as comunas eram associações igualitárias que quebravam as hierarquias. Seriam uma forma de sobreviver

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