Estudante
I – Introdução
A terceira parte do livro trata da relação vassálica entre os sécs. XI-XIII, abordando o direito e senhorio feudal. Onde o autor trabalha a organização da sociedade através dos contratos firmados entre o senhor e seu vassalo. Nesses capítulos, o autor também abordará toda a dinâmica que regia o sistema feudal que perpassa entre o período carolíngio e vai até o século XIII, mostrando que, mesmo com o passar do tempo, algumas característica ainda permaneceram nos sistema feudal.
II – O Autor
Pesquisador e professor da Universidade de Lille, Guy Fourquin foi um dos mais reconhecidos especialistas franceses em Idade Média. Fourquin trabalhou com temas relacionados à história econômica, organização social e institucional no período medieval.
III – O Direito Feudal
a. O contrato vassálico
Segundo o autor, com a evolução do feudo, a vassalagem viria a perder em importância e significado. Abrindo assim, espaço para o contrato vassálico, no qual colocam em presença dois homens: o dominus/sênior e miles/vassalus.
Esse contrato gerava uma série de obrigações para ambos os lados. O autor cita que, há em escritos antigos relatos de ritos e criação de laços de homem para homem. Esses laços eram firmados através da homenagem e da fé. A primeira se dividia em dois tipos, a “immixitio mannuum” e “volo”.
Immixitio mannuun: era a essência da cerimónia. Onde, o homem sem armamentos, e normalmente de joelhos, firmava um compromisso de mãos unidas as do seu senhor.
Volo: era a declaração de vontade, ou seja, não obrigatória. Onde, o vassalo se entregava ao senhor dizendo “Sire”1, “eu torno-me vosso homem”2.
Contudo, a homenagem era um ato de auto-entrega, onde se simbolizava pelo rito das mãos, do vassalo para o senhor. Sendo de livre vontade, daí vem à declaração de vontade, portanto, o vassalo não