Resumo os jesuitas
A bibliografia tradicional aborda uma vertente positiva,vai da década de 30 até 60 destacando o jesuítismo civilizador.A bibliografia das décadas de 70 e 80, tem uma vertente mais crítica e negativa,mostrando o jesuítismo guerreiro.
Hoje os estudos adotam uma posição mais equilibrada e procuram ver os jesuítas como homens do seu tempo.
Visão Quinhentista de Mundo: Duas Diacronias, Dois Projetos.
O primeiro conceito é o de cristandade; significa que na primeira metade do século XVI em Portugal, Igreja e Estado estão unidos por interesses comuns.Nobreza e clero querem defender a estrutura social tripartite e hierarquizada, os que lutam, os que rezam e os que trabalham.
Os jesuítas são ativos missionários,vão ao encontro de novos féis,fazem catequese e se põem a serviço do Papado ( Concílio de Trento – 1545 à 1563 ).
Encontro das Diacronias
A Coroa Portuguesa e a Igreja nos meados do século XVI, enviam jesuítas e governadores para “tomar posse e povoar a nova terra e converter os gentios”.A ação dos inacianos trata-se de povoamento e não de colonização,que acontece quando a “cristandade” é rompida quando os cristãos novos que realizavam o tráfico escravo chegam ao poder, controlando a Coroa Portuguesa e instalando o escravismo, a ordem social dos senhores e escravos – o mundo moderno.
Em meados de 1570 as duas diacronias, da missão e da colonização vão se encontrar e entecruzar.Transformando os próprios jesuítas: se não aceitavam a escravização dos indígenas, acabam por participar do mundo colonial escravista,tornando-se eles próprios agentes colonizadores.
O Lugar da Educação Escolar.
Ao reexaminar as etapas do processo de encontro entre as duas diacronias,vimos que este passa pela atuação dos jesuítas como socializadores e educadores da população.Talvez distinguir como o faz Luiz Alves de Mattos, duas grandes fases da atuação dos jesuítas: o período “heróico” ( 1549-70 ) e o período de Consolidação ou