resumo colegios jesuitas e polemica sobre seu ensino
As práticas e conteúdos que os jesuítas desenvolveram de acordo com as regras codificadas no Ratio Studiorum aplicavam-se no Studia inferiora e no Studia superiora.
Os alunos estudavam as principais obras greco-latinas e aperfeiçoavam a capacidade de expressão e estilo. Com a didática os jesuítas mostravam-se bastante exigentes, recomendando a repetição dos exercícios para facilitar a memorização.
Outra característica desse ensino era o estimulo à competição entre os indivíduos e as classes. Os alunos que mais se destacavam eram incentivados com prêmios concedidos em solenidades pomposas.
Os jesuítas tornaram-se famosos pelo empenho em institucionalizar o colégio como local em excelência de formação religiosa, intelectual e moral das crianças e dos jovens. Para atingir esses objetivos, instauraram rígida disciplina, aplicada nos internatos criados para garantir proteção e vigilância.
A polêmica sobre o ensino jesuítico
No século XVIII, após mais de duzentos nãos de ação pedagógica jesuítica, recrudesceram as criticas ao monopólio do ensino religioso. “Os jesuítas não me ensinaram se não o latim e tolices”, de um dos enciclopedistas, o filosofo Voltaire. Em 1759, o marquês de Pombal, primeiro-ministro de Portugal, expulsou os jesuítas do reino de seus domínios (inclusive no Brasil). O mesmo aconteceu mais tarde em outros países, ate que finalmente em 1773 o papa Clemente XIV extinguiu a Companhia de Jesus. Restabelecida em 1814, continuou a sofrer inúmeras perseguições durante o século XIX. Segundo seus detratores, o ensino jesuítico promoveu a separação entre escola e vida, porque, no afã de retomada dos clássicos, não transmitia os alunos as inovações do seu tempo; não dava muita importância à historia e à geografia,e em matemática. A Companhia de Jesus foi acusada de decadente e ultrapassada. Afinal, o ensino universalista e muito formal distanciava os alunos do mundo, tornando-o eficaz para a vida prática. O