Resumo - Capítulo 2 - Imagens da Organização - Gareth Morgan
A forma mecânica de pensar, arraigada nas nossas mentes durante tantas décadas, alicerçou o estilo burocrático criando dificuldades para a entrada de novas percepções organizacionais. Sabemos que, cada processo tem seu momento de utilização e seu grau de importância. No início da Revolução Industrial, foi preciso transformar artesãos em operários e isso exigiu uma divisão de tarefas, um treinamento de como operar as máquinas e algumas consequências, por vezes até danosas, se apresentaram: êxodo da comunidade rural para centros urbanos, degradação geral do ambiente e, principalmente, a agressão da racionalidade sobre o espírito humanístico, onde a ênfase estava na produção, e o ser humano era apenas parte do processo.
Os artesãos foram engolidos pelo processo produtivo em grande escala e se viram forçados a se tornarem operários, juntamente com suas famílias. Os donos das fábricas, por sua vez, viram que precisavam de muitos operários para o funcionamento das máquinas e que, precisavam treiná-los para que produzissem de forma correta e rápida, aumentando assim os lucros, mesmo que esse aumento não repercutisse nos salários dos seus empregados (maisvalia).
Durante o século XIX várias tentativas foram feitas para codificar e promover as ideias que poderiam levar as organizações a uma gestão eficiente no trabalho.
O princípio de separar o planejamento e a organização do trabalho da sua execução é frequentemente visto como o mais pernicioso e típico elemento do enfoque de Taylor da administração, pois efetivamente divide o "trabalhador", defendendo a separação entre mãos e cérebro.
Algumas organizações tem um sucesso espetacular usando o modelo mecanista. O
McDonald's mecanizou todos os seus pontos de franquia e constitui um exemplo quanto à adoção do taylorismo, recrutando mão de obra com baixa escolaridade para suportar a rotinização dos processos, que são considerados alienantes.