Resenha o contador de historias

O CONTADOR DE HISTÓRIAS

Baseado em fatos reais, o contador de histórias (Belo Horizonte no fim da década de 70, produzido por Francisco Ramalho Jr. & Denise Fraga) conta a história de um menino muito pobre, caçula de uma família de dez irmãos, com sua mãe analfabeta e ignorante que foi facilmente enganada pela mídia, assim ela se deixou levar pela boa aprendizagem e boa conduta que o instituto FEBEM representava, chegando à conclusão que deveria levar Roberto Carlos (caçula) pra lá, pois de lá ele se formaria doutor, advogado, um homem de princípios.

No início ele ficou junto com meninos da mesma faixa etária (6 á 12 anos), onde seus coleguinhas tinham uma linguagem, inocente, ainda infantil, popular, típica das regiões menos favorecidas. Já os educadores e psicólogos tinham uma linguagem técnica profissional e literária com traços de autoritarismo militar.

Roberto permaneceu lá por alguns anos até ser remanejado com mais um colega para FEBEM dos adolescentes, de onde fugiu várias vezes. Neste período, ele começou a conviver com mais dificuldades, pois os garotos mais velhos o maltratavam e usavam de uma linguagem popular, vulgar, criminal, excluída da norma culta da língua. Tal linguagem, que para nós está totalmente inadequada, era, para aquele determinado grupo de adolescentes, a língua dos maiorais, dos líderes da rua. Todos queriam fazer parte daquela gangue, mas para se tornar um deles era necessário primeiramente mudar a o jeito de falar ao qual eles estavam acostumados, teriam que se tornar brutos, falando palavrões e gírias que eram utilizadas pelo grupo, além de se tornar um objeto sexual dos outros integrantes (gangue). Um preço muito caro pelo qual Roberto não quis pagar.

Logo após uma de suas fugas Roberto foi capturado, e no retorno á FEBEM, despertou a atenção e interesse de uma pedagoga francesa chamada Marguerith, que estava passando uma temporada no Brasil, onde estava estudando. A pedagoga tentou aproximar-se de