Resenha do filme: O contador de histórias

Análise Profissional do AS. Filme: O Contador de Histórias

O filme é uma biografia de Roberto Carlos Ramos, mineiro e caçula de dez irmãos. Aos seis anos, é levado por sua mãe para uma instituição do governo chamada “FEBEM” com a esperança de tornar-se uma pessoa de bem e formado em alguma profissão. Tudo isto, impulsionada pela mídia da época que vendia uma imagem distorcida da instituição, onde tudo parecia perfeito e as crianças teriam total estrutura para desenvolverem-se como cidadãos.
Ao chegar ao local, logo percebe-se que tudo não era como o esperado e a primeira ação da Coordenadora/Assistente Social mostra sua incapacidade para com a profissão. Após realizar o processo de inscrição de Roberto, a A.S não deixa que sua mãe se despeça, fato que mostra seu total despreparo, pois, o A.S deve sempre zelar pela família, e esta ação, com certeza, prejudicou o vínculo entre os dois.
Após um tempo na divisão de garotos menores, Roberto é transferido para outro prédio, onde teria o convívio com meninos de sete a quatorze anos. E é neste período, que sua vida começa a sofrer transformações drásticas, ele começa a colecionar fugas, usar drogas, roubar entre outros atos. Eis então, que surge a personagem Margherit, uma Pedagoga francesa que está no Brasil realizando uma pesquisa. Ela se interessa pela história de Roberto e tenta ajudá-lo, no início tudo é meio conturbado e ele chega a roubá-la e fugir, mas depois de sofrer abusos sexuais de alguns colegas de FEBEM e de rua, Roberto vai ao encontro de Margherit novamente e começa a morar com ela, fato que tornar-se um divisor de águas em sua vida.
Seguindo os indicadores propostos em aula, o que também nos chama atenção neste filme é a falta de Ética/Competência da A.S ao se referir a Roberto, questionada por Margherit, ela afirma que ele é “irrecuperável” e que já fizeram de tudo com ele, sem sucesso. Não pode o profissional de Serviço Social desistir de um usuário, principalmente uma criança ou adolescente,