Resenha do filme "O contador de histórias"

O filme “O contador de historias” trata do drama de Roberto Carlos, um menino cuja família pertence a um ambiente pobre, de periferia e que não possui nenhuma perspectiva no ambiente em que vive. A situação de extrema miséria vivida por Roberto e sua família, obriga sua mãe a interná-lo na FEBEM, uma instituição que a propaganda governamental incutia como sendo o melhor lugar para se propiciar uma educação de qualidade para os meninos de família pobre. Foi justamente por isso que a mãe de Roberto, imaginando está dando a melhor alternativa para seu filho sair daquele mundo miserável, decidiu levá-lo. Portanto, não imaginemos, nesta atitude, uma atitude de abandono, mas sim a atitude de uma mãe que busca, na sua ignorância e na pobreza de perspectivas, proteger o filho de um mundo hostil.

A FEBEM é vista como “portas para um futuro melhor“, de onde as crianças sairiam “doutores”, mas na verdade elas são tratadas como meros sujeitos sem conduta ou qualquer valor aceitável para a sociedade. Roberto se depara com um sistema falho sendo misturados com garotos de rua que lhe ensinam todas as artimanhas da rua, daí ser um recordista de fugas, chegando a ser considerado irrecuperável.

Ao conhecer a pedagoga francesa que veio para o Brasil para um trabalho de pesquisa, ele começa a ser reeducado por métodos totalmente diferentes dos encontrados na FEBEM. Ela não admite que um garoto tão novo seja considerado irrecuperável, e decide trabalhar com ele em sua pesquisa. Descobrindo o gosto de Roberto pelas histórias ela, através dos livros, consegue de maneira gradativa recuperar os valores e os sonhos do menino.
Vemos que dependendo de como o educador interfere na educação, determinará de forma significativa na formação do aluno, tanto no seu caráter e personalidade quanto na maneira em como ele vê o mundo e como pode atuar nele de maneira participativa. Na FEBEM Roberto encontrou um tipo de educação rígida e punitiva com pessoas despreocupadas e podendo ser chamadas