O Contador de Histórias - Resenha
BREVE RELATO
O filme relata a história de vida de uma pedagoga francesa (Marguerite e Margareti) que veio ao Brasil fazer uma pesquisa com crianças e adolescentes que se encontravam em situações de precariedade e miserabilidade.
Uma dessas crianças chama-se Roberto Carlos Ramos, o qual era, em meio a tantos, mais um “menino de rua” vivendo a mercê da sorte, as margens da sociedade. Em meio à violência e marginalidade.
À época do filme, havia sido criada a FEBEM (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor), visando amparar e, de certo modo, educar, abrigar, alimentar as “crianças de rua”. Em relação a FEBEM, a história mostra, ainda, que essa Fundação era tida como esperança para as mães que não tinham condições de criar seus filhos. Sendo Roberto “internado” pela sua mãe.
Vindo ao Brasil, Margareti e Roberto se conheceram. Margareti começa a se envolver demais com a vida de Roberto que passa a morar na casa dela, estando amparado quanto abrigo, alimentação, educação e, principalmente, amor quase maternal.
Nesse ritmo é conduzido o filme, sendo repleto de idas e vindas, bem como um reflexo da realidade á época e, até mesmo, atual.
RESENHA CRÍTICA
O filme, O contador de histórias, traz a realidade da situação de crianças, adolescentes e suas mães enfrentando condições precárias de vida. Vivendo no cotidiano, muitas vezes, situações extremas de exclusão social.
A Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (FEBEM), no filme relatado, teria a função primordial de educar as crianças, pois seria melhor orientadas do que pela própria família. Sendo que, ao invés de exercer o papel de retirar à criança e o adolescente das situações de risco, visando o desenvolvimento do cidadão, os internados sofriam agressões, e pioravam assim, ainda mais, a situação social e pessoal.
Durante a projeção do filme, é notável o descumprimento de vários preceitos atualmente pautados na Constituição Federal/88 e no Estatuto da Criança