Resenha a história da loucura
Inicialmente a lepra foi substituída pelas doenças venéreas, porém, esse não será o novo fenômeno social, a loucura passará a ocupar lugar de destaque. A medicina não possuirá conhecimento desse novo fenômeno e levará algum tempo para se apropriar.
Durante o período da Renascença passam a navegar entre as cidades a Nau dos Loucos, barcos que levavam os loucos em viagens de uma cidade para outra, na tentativa de livrar a sociedade dos insanos. Os loucos eram excluídos da sociedade, assim como os leprosos anteriormente. A sociedade da época os enxergava como uma ameaça. Escorraçar os insanos era um método de purificação e garantia da segurança e da ordem.
A loucura na Renascença foi representada nas artes plásticas e literárias. Foi o fim do simbolismo gótico e início de pinturas e textos que representavam o insano, as fraquezas humanas, com figuras imaginárias que buscavam revelar o lado obscuro do homem.
No século XII houve a criação de várias casas e hospitais de internação que serviram de alojamento para os insanos que vagavam pelas ruas da cidade. O tratamento utilizado para essas pessoas era desumano. Não havia comida suficiente, água, luz, roupas, cobertas, enfim, eram verdadeiros “antros” que o governo utilizava como forma de expurgo. Os responsáveis por aqueles locais possuíam poder de polícia, correção e punição, sobre todos pobres e insanos, não apenas dentro do hospital, como em toda Paris. Esses alojamentos foram espalhando-se por toda a Europa. Quando era época de crise o Hospital Geral dava trabalho aos desempregados, e fora da crise os internos trabalhavam, portanto, os hospitais utilizavam mão-de-obra barata