Resumo nunca sem minha filha
Betty (interpretada por Sally Field) é uma dona de casa americana casada com o médico iraniano Moody; juntos, os dois tem a filha Mahtob. A família leva uma vida tranquila e aparentemente cômoda nos Estados Unidos, até que Moody manifesta sua vontade de ir ao Irã para visitar os parentes, e junto quer levar a filha e a esposa para que conheçam.
Nesta época, o cenário no Irã está conturbado devido a revolução Khomeini – que impõe severas leis na constituição dos país fundamentadas no radicalismo islâmico. Preocupada com a segurança da filha e a própria, Betty recusa que a filha e ela o acompanhem na viagem, mas Moody jura sobre o Alcorão que não irá permitir que nenhum mal lhes aconteça e que estarão ali por apenas duas semanas, e assim a convence a ceder.
Ao chegar em Teerã, Betty vê fotos de Khomeini em todos os lugares, experimenta a aversão que a família de Moody sente por ela (por ser americana e não se enquadrar nas leis da Sharia) e descobre que ali, ainda que não seja muçulmana, por ser mulher todas as leis do Islã se aplicam à ela – o qual inclui o uso da burka já ao sair do aeroporto.
Nesta atmosfera, o marido se mostra cada vez mais agressivo e, em determinado momento, anuncia que a família não voltará aos Estados Unidos. A primeira reação de Betty é entrar em choque e não aceitar esta decisão, mas o marido responde com violência e a deixa sem opção.
O desânimo toma conta de Betty, que pára de se alimentar e enfraquece significativamente. Neste cenário de fanatismo, a condição da mulher é de completa negação de uma identidade própria. Enquanto no mundo não-islâmico todas as pessoas tem uma vida pública, pessoal e privada (sendo a pública aquela que apresentamos ao mundo; a pessoal a que dividimos com o cônjuge e pessoas próximas; e a privada aquela que diz respeito somente a nós mesmos e a Deus); no radicalismo islâmico os homens exigem que suas esposas rendam a