Resenha: a economia brasileira, critica a razão dualista
Rio, 13/11/2011
RESENHA: A ECONOMIA BRASILEIRA, CRITICA A RAZÃO DUALISTA
Em “Crítica a razão dualista”, o autor propõe uma nova forma de pensar a economia brasileira, fugindo ao método da época que priorizava somente a analise por uma perspectiva economicista da política baseando-se no modelo CEPAL dual-estruturalista.
Embora a intelectualidade da época tentava dar conta das miseráveis condições de vida de grande parte da população latino-americana, o esquema teórico-metodológico estava preso a relação de produto-capital, essa dualidade atendia tanto ao rigor cientifico das analises quanto a uma consciência moral reformista, porem ao fazerem isso, reduziam a luta de classes à demanda.
Francisco de Oliveira entende que o subdesenvolvimento dos países latino-americanos é também uma formação capitalista, fruto dele, e não pode ser entendida apenas como uma configuração histórica. Quando os teóricos enfatizam apenas as relações de dependência entre centro e periferia, não percebem que para alem das relações entre países, antes deve-se dar conta também do que se passa dentro desses países, das suas relações internas entre as classes que os compõem.
“o desenvolvimento ou o crescimento é um problema que diz respeito à oposição entre classes sociais internas. O conjunto da teorização sobre o "modo de produção subdesenvolvido" continua a não responder quem tem a predominância: se são as leis internas de articulação que geram o "todo" ou se são as leis de ligação com o resto do sistema que comandam a estrutura de relações” (Oliveira, Francisco – pág: 08)
Assim sendo, a teoria do subdesenvolvimento incorporou-se a ideologia populista da época, porém ela não formula uma analise real do capitalismo no Brasil.
O desenvolvimento capitalista pós anos 30 até meados de 1950, é caracterizado como o da reformulação das antigas bases de acumulação que se assentavam numa economia agrária de exportação e o inicio de uma estrutura