Dp Andrezza
Perry Anderson (nascido em 1938) é um intelectual Marxista. É professor de História e Sociologia na UCLA. Defendia a idéia de um Estado Absolutista Feudal (pois a discussão historiográfica compreende três hipóteses : o Estado Absolutista como um Estado Burguês, Feudal ou Neutro).
O texto de Perry Anderson “O Estado Absolutista no Ocidente” vem trazer a essência do Estado absoluto e suas contradições, a fase de transição entre o Feudalismo e o Capitalismo é marcada pelo aparecimento das relações político-econômica do Mercantilismo e pelo surgimento da estrutura centralizadora do Estado absoluto.
A organização dos Estados absolutos europeus aparece desde o fim da idade média, com a formação de limites e fronteiras e se acentua, principalmente, com o mercantilismo. Neste momento as relações sociais são marcadas por características feudais e por características embrionárias das relações burguesas.
Numa crítica a Engels e Marx acerca da gênese do Estado absoluto, Perry Anderson vai mostrar que: “A classificação do absolutismo como um mecanismo de equilíbrio político entre a nobreza e a burguesia muitas vezes resvala para a sua designação implícita ou explícita fundamentalmente como um tipo de Estado burguês enquanto tal”.
E vai além, alertando para o pouco aprofundamento de Marx e Engels a respeito das novas monarquias absolutas que se formavam por toda Europa: “Uma teorização directa das novas monarquias centralizadas que surgiram na Renascença européia nunca foi feita, quer por um quer pelo outro dos fundadores do materialismo histórico”.
Para entender o problema da natureza social do absolutismo, diz o autor: “A sua solução correcta é, na verdade, vital para a compreensão da passagem do feudalismo para o capitalismo na Europa e dos sistemas políticos que a distinguiram”. Com a introdução de exércitos permanentes, a criação de sistemas fiscais nacional, a codificação do direito e implementação de princípios do mercado unificado nos levam a acreditar