Fichamento
Título do trabalho: A empresa da imprensa: de que liberdade de expressão se fala? Uma breve discussão a partir da revista Carta Capital
Identificação do GT: GT5 – Teorias e Temas Emergentes
Autora: Patricia Bandeira de Melo – Doutora em Sociologia
Instituição de origem: Fundação Joaquim Nabuco
A empresa da imprensa: de que liberdade de expressão se fala?
Uma breve discussão a partir da revista Carta Capital
Resumo
O objetivo deste artigo é de fazer uma discussão acerca da liberdade de imprensa a partir de um estudo sobre o poder do jornalismo, baseada na economia política da comunicação e na sociologia da comunicação. Nossa discussão parte de editoriais e artigos da revista Carta Capital que tratam da própria mídia, constituindo-se num metadiscurso. Nossa reflexão posiciona a imprensa como instituição promotora da integração cultural do país em torno de discursos sobre inúmeros processos sociais. Se, de um lado, o jornalismo fomenta o experimento de fatos distantes, de outro produz interpretações que, sendo redutoras, levam a compreensões enganosas ou falaciosas sobre eles. A mediação torna a imprensa um espaço constitutivo da história moderna da humanidade. Para conhecer o passado, a consulta aos jornais torna-se relevante. Ao longo da história, o indivíduo foi estimulado a buscar informação, por curiosidade ou por necessidade. Como o resultado de uma edição de jornal é fruto da luta simbólica entre a objetividade anunciada da imprensa e a subjetividade subliminar do jornalista e da empresa jornalística, o formato empresarial da mídia e sua dupla clientela – leitores, ouvintes ou espectadores, de um lado, e anunciantes de publicidade, de outro – coloca em tensão sua missão de informar ao público e a sua necessidade de aumento de capital. No início do século XX, Weber falava da possibilidade de constituição de monopólios no setor como tendência de mercado.
Palavras-chave: indústria midiática, liberdade de imprensa,