Resenha Teoria Burocrática
No início do século XX, Max Weber, sociólogo alemão, publicou uma obra que tratava acerca das grandes organizações da época, dando-lhes o nome de “Burocracia”. Este modelo de organização possuía características próprias, com novos valores e exigências, coincidindo seu aparecimento com o crescimento do capitalismo. Os fatores que contribuíram para o surgimento das “Burocracias” foram a necessidade de ordem e precisão nas organizações e a busca por tratamento justo e imparcial pelos trabalhadores, que sofriam ações de crueldade, nepotismo e julgamentos injustos decorrentes de administrações desumanas e desonestas prevalentes na época (CHIAVENATO, 1993).
A Teoria da Burocracia adveio de estudos que consideravam que as teorias Clássica e das Relações Humanas, contraditórias entre si, não eram suficientes para apresentar uma completa visão de organização. Dessa forma, criticava-se a teoria clássica por seu caráter mecanicista, suas práticas administrativas desumanas e injustas e também se criticava a teoria das relações humanas pelo seu romantismo ingênuo, surgindo a necessidade de se identificar uma nova teoria, que teria a finalidade de estudar as organizações por seu aspecto estruturalista, destacando a racionalidade, ou seja, adequação dos meios aos fins (CHIAVENATO, 2003).
A burocracia desenvolvida por Weber se baseia exatamente nesta racionalidade, no ajuste dos meios aos objetivos almejados, com a finalidade de organizar detalhadamente e conduzir rigidamente a empresa para obter a maior eficiência possível e alcançar o sucesso almejado. Em razão deste sistema organizado, a forma burocrática de administração passou a ser utilizada em grande parte das instituições industriais, empresas de serviços, órgãos do governo, centros educacionais, religiosos, militares etc. (SILVA, 1992).
Burocracia, na realidade, seria a capacidade de uma pessoa realizar seus objetivos independentemente de fatores que possam embaraçar suas finalidades, e para isto exige-se