resenha henri wallon
Do gesto ao símbolo: A teoria de Henri Wallon sobre a formação simbólica.
A teoria walloniana: conceitos básicos A teoria de Wallon é identificada como Psicologia da Pessoa Completa, pois visa justamente à produção de um saber psicológico que leve em conta a totalidade da pessoa (consciência, eu, emoções, representações, etc.), em suas condições concretas de existência.
A emoção é a resposta orgânica, sustentada por centros nervosos específicos, de que o bebê dispõe para lidar com seu meio. Mas ela não é apenas instrumental, é igualmente expressiva ou comunicativa. Sua principal função na espécie humana é a ativação do outro, a emoção traz, em si, a possibilidade de ser interpretada e de provocar no outro respostas correspondentes e complementares. Trata-se de uma protolinguagem, ou linguagem anterior à linguagem, esta última entendida como comunicação por material simbólico, signos e símbolos.
A emoção, tornada consciente, atravessada pelo conteúdo e pelas significações dadas pela cultura, torna-se afetividade.
A consciência de si surge, inicialmente, por meio da emoção. Ao final do primeiro ano de vida, ao se estabilizarem as respostas emocionais e se estabelecer um quadro mais ou menos fixo de reações emotivas, com o auxílio da maturação fisiológica e da interpretação desses sinais por parte do ambiente humano, a criança passa a tomar consciência de si como sujeito das reações. É ainda uma consciência muito primária e sincrética, ou seja, indiferenciada de forma precisa dos elementos e objetos que ela mesma carrega.
Provocar no meio social uma resposta em direção a si confundir-se cognitivamente com esse meio, eis a tarefa primeira da emoção. É por meio da função postural ou tônica que ela ganha vida.
No início do desenvolvimento, as configurações posturais, garantidas pela dialética entre as funções tônica e cinética, passam a prenunciar, pela intervenção do entorno social que dá significado a essas configurações posturais, a função