Resenha do Livro Holocausto Brasileiro

RESENHA DO LIVRO HOLOCAUSTO BRASILEIRO O Livro Holocausto Brasileiro, mostra como e por que o hospital psiquiátrico O Colônia não foi na realidade o que deveria ser. Um lugar onde se deveria tratar a saúde mental se transforma em um depósito de lixo social. Onde pessoas com diagnóstico de doença mental ou com algum outro motivo de exclusão social foram levadas e a maioria esquecida lá. Eram levadas pessoas de todos estados brasileiros, homens, mulheres, crianças, insanas ou não ficavam todos juntos, mal alimentados, sujos sem qualquer tipo de higienização, a maioria sem roupas, privados totalmente dos direitos de serem humanos, não existia nenhuma privacidade, desumanizados de tal forma que não possuíam seu próprio eu, os que não tinham família eram levados e esquecidos a espera da morte, eram submetidos a trabalho escravo nos hospitais tratados como mercadorias de lucro até mesmo depois de mortos. Funcionários muitas vezes sem nenhuma especialização realizavam nos pacientes técnicas de tratamento sem nenhum prévio diagnóstico com intuito apenas de intimidação, lobotomias sem nenhum propósito de cura e sim de contenção dos sintomas que as vezes adquiridos ali mesmo na instituição, geralmente sem consentimento dos familiares, a própria psiquiatria era conivente, não por concordar, mas por se silenciar e aceitar por todas essas décadas. Setenta por cento dos pacientes não tinham diagnóstico de doença mental, eram levadas até O Colônia pela própria família pela incapacidade momentânea de não estarem aptos para viverem socialmente, ou por algum ato criminoso ou de agressividade, até mesmo por um comportamento de sua própria personalidade inaceitável na época, homossexuais, prostitutas, indigentes, o que nos faz pensar que não apenas os médicos, funcionários e a política foram culpados. Também pessoas que inocentemente acreditavam que existiria um tratamento adequado para seu familiar, mas o que na realidade acontecia era um tipo de limpeza social, em nome da