resumo e resenha do livro holocausto brasileiro
A jornalista Daniela Arbex traz a tona uma historia de crueldade e barbarie ocorridos no Brasil, ela denominou com muita precisão o evento de holocausto brasileiro aos acontecimentos ocorridos no dito hospital Colônia, mas que na verdade era um pedaço do inferno situado na cidade mineira de Barbacena. Ao expor a anatomia do sistema, a repórter ilumina um genocídio cometido, sistematicamente, pelo Estado brasileiro, com a conivência de médicos, de funcionários e também da sociedade. Ela não só traz historias de pessoas que passaram muito tempo intitucionalizadas, mas também de pessoas que tentaram reverter a situação e ainda de outros que preferiram ficar calados diante daquela situação degradante.
No Colônia, cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental. Eram epiléticos, alcoolistas, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava, gente que se tornara incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas, violentadas por seus patrões, eram esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, eram filhas de fazendeiros as quais perderam a virgindade antes do casamento. Eram homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos. Alguns eram apenas tímidos.
A rotina degradante começava logo que os ditos loucos chegavam, os homens vestiam uniformes esfarrapados, tinham as cabeças raspadas e pés descalços. Muitos, porém, estavam nus. Sua identidade também era tirada, uma vez que até o nome se perdia. Desde o início do século XX, a falta de critério médico para as internações era rotina no lugar onde se padronizava tudo, inclusive os diagnósticos. A jornalista - Daniela Arbex - devolve historia, identidade à estas pessoas que durante tanto tempo ficaram jogadas, esquecidas do mundo, presas em um sistema que uma vez lá dentro não haveria mais saida.
A teoria eugenista, que sustentava a ideia de limpeza social, fortalecia o hospital e justificava seus abusos. Livrar a sociedade da escória, desfazendo-se dela, de preferência