genocidio brasileiro
Durante décadas milhares de pacientes foram internados à força, sem diagnóstico de doença mental, num enorme hospício na cidade de Barbacena, em Minas Gerais. Ali foram torturados, violentados e mortos sem que ninguém se importasse com seu destino. Eram apenas epilépticos, alcoólatras, homossexuais, prostitutas, meninas grávidas pelos patrões, mulheres confinadas pelos maridos, moças que haviam perdido a virgindade antes do casamento. Ninguém queria ouvir seus gritos. . O que se praticou no Hospício de Barbacena foi um genocídio, com 60 mil mortes.O que se praticou no Hospício de Barbacena foi um genocídio, com 60 mil mortes. Um holocausto praticado pelo Estado, com a conivência de médicos, funcionários e da população. Jornalistas famosos, nos anos 60 e 70, fizeram reportagens denunciando os maus tratos. Nenhum deles conseguiu êxito ao tentar contar as historias vividas dentro do Colônia. A não ser Daniela Arbex ao publicar o livro Holocausto Brasileira Genocídio: 60 mil mortos no maior genocídio do brasil.
Escrito pela jornalista vencedora dos prêmios Esso de Jornalismo e Eloisio Furtado Daniela Arbex, o livro Holocausto Brasileiro Genocídio:60 mil mortos no maior hospício do Brasil” originou-se a partir da matéria homônima. Para contar as historias vividas no hospício na reportagem que daria origem ao livro, Daniela levou 30 dias de pesquisa tendo tido como ponto de partida as fotos feitas por Luiz Alfredo e publicadas no jornal O Cruzeiro em 1961.
De acordo com dados oficias, cerca de 60 mil individuos morreram dentro do campo de concentração chamado Colônia. Sendo que , dentre os internados no hospital grande parte não era necessariamente doente mental , mas sim pessoas que não se encaixavam no padrão estabelecido pela sociedade do inicio do século XX ( época em que foi criado); para ser internado bastava não se encaixar aos costumes da época. Não era necessário haver um diagnóstico que justificasse a aceitação numa clinica