arte engajada
A ONG Doutores da Alegria é um exemplo de iniciativa que lança mão da arte em sua atuação engajada. Desde 1991, a Organização leva o trabalho de artistas profissionais e especializados na arte do palhaço – que inclui mágica, malabarismo, mímica, improvisação e música – aos hospitais de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife. Os números impressionam: desde sua fundação, os Doutores da Alegria já visitaram mais de 550 mil crianças e adolescentes, atingindo cerca de 600 mil familiares e envolvendo mais de 13 mil profissionais de saúde.
Todo esse trabalho motivou a criação do Núcleo de Pesquisa e Formação, órgão que sistematiza e disponibiliza ao público o conhecimento gerado no trabalho nos hospitais, além de realizar pesquisas, publicações, cursos, oficinas e espetáculos. Segundo o criador da ONG, o ator Wellington Nogueira, há uma preocupação constante com a atualização e reciclagem das atividades de criação, o que propicia o aperfeiçoamento contínuo dos atores que trabalham no projeto.
Desde 2004, os Doutores da Alegria promovem, também, a capacitação em artes cênicas e linguagem do palhaço de jovens entre 16 e 21 anos, residentes em regiões de São Paulo menos favorecidas em relação ao acesso à cultura. “Esse programa tem duração de dois anos e inclui a criação, pelos próprios jovens, de um núcleo local de pesquisa e referência da história do circo e do palhaço no Brasil”, conta Nogueira.
Em alguns casos, a lógica de trabalhar questões sociais