Arte engajada
CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA: Estética
DOCENTE: Profa Mestra Helena Zoraide Pelacani Almada
DISCENTE: Letícia Polido Moreira Pinto - 1 PERÍODO VESPERTINO
Política da Expressão
Ao longo de seu desenvolvimento, a arte deixou de se preocupar apenas com a estética e passou a compreender emoções, críticas e interpretações da realidade social. Esse foi o surgimento da ‘‘arte engajada’’. O artista passa a usar o seu talento, a partir de pinturas, músicas, poesias e outros, para transmitir seus pensamentos, sua atitude para protestar contra algo que considera errado, ou então como forma de denúncia. Os artistas engajados se comportam como atores sociais ativos, ou seja, o autor não é alienado dos problemas que afligem a humanidade de forma geral. A arte engajada reflete a realidade social, o tempo histórico em que é produzida, a cultura de uma determinada comunidade linguística.
Os movimentos artísticos tiveram um papel importante na formação do pensamento de esquerda no Brasil. Especialmente nas décadas de 60 e 70, a música, o teatro e o cinema foram fortes elementos de aglutinação de forças políticas contrárias ao regime militar instalado no país a partir de 1964. Não sem, no entanto, passarem por um acirrado debate interno acerca dos propósitos da arte, ora defendida como instrumento de conscientização política do povo, ora como manifestação livre de amarras ideológicas.
“É difícil dizer quem influenciou quem naquela época, acho mais seguro falar em influências mútuas”, diz a socióloga Márcia Tosta Dias, pesquisadora da UNESP, sobre a inspiração para essa forma de luta dos artistas daquela época. Márcia também fala sobre os principais levantes artísticos da época: o Cinema Novo, o Tropicalismo, o Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes (UNE), a Bossa Nova.
[Charge de Charlie Schulz, Minduim – Fonte: