Resenha capítulo 9 do livro Holocausto brasileiro
Em cada capítulo a autora bravamente remonta vários fatos corriqueiros daquele período entrevistando algumas pessoas que por lá passaram como funcionários ou como pacientes sobreviventes, estórias que deixam o leitor indignado com tamanha injustiça .Sem dúvida um assunto interessante, polêmico, instigante e que mostra uma realidade tão dura e cruel que beira ao inacreditável, como que se estivéssemos lendo uma obra de ficção.Mais especificamente sobre o nono capítulo, encontra-se a triste e ao mesmo tempo emocionante história da vida de Dona Geralda Siqueira Santiago Pereira, uma das sobreviventes do Colônia e mais uma dentre os vários casos de inocentes que para lá foram levados e trancafiados sendo tratados como dementes por dias, meses e até anos.
Dona Geralda, foi levada para o Colônia pelo patrão que , após estuprá-la, não pensou duas vezes antes de internar a pobre a fim de esconder seu crime.Lá ela teve seu filho que foi batizado pelas freiras com o nome de João Bosco, parto que só se deu por milagre visto que as condições de tratamento eram as piores .
E por lá o menino ficou e foi criado durante o período de doze meses, enquanto Geralda ia trabalhar em casa de família, só podendo ver seu filho aos domingos. Ao final do ano, o menino foi retirado do Colônia e da convivência com a mãe, sendo levado para o Patronato Padre Cunha, em Pinheiro Grosso -Mg . Foi criado pelas freiras, em especial uma certa Irmã Dita, alma boa e sempre carinhosa que o ajudou a aplacar parte de sua tristeza e desamparo.João Bosco lá ficou até completar treze anos , em 1979, época em que foi transferido para a Febem.
Dona Geralda, então com