Direitos humanos
1. Propensão a, prática ou política de resolver questões por meio de guerras; ANTIPACIFISMO; MARCIALISMO: o belicismo de certos governantes [ antôn.: Antôn.: antibelicismo, pacifismo. ]
O primeiro gol contra o belicismo
Em 24 de dezembro de 1914, os soldados alemães dispersados em Ypres (Bélgica), começaram a decorar suas trincheiras e a cantar o mais célebre de seus cânticos, Noite de Paz. Os soldados britânicos dispersados na fronteira não responderam com disparos, senão entoando suas próprias canções de Natal. Naquela noite começou uma trégua singular e histórica que durante alguns dias faria com que mais de 100.000 soldados, sobretudo alemães e britânicos, mas também franceses, confraternizassem para celebrar o Natal em meio a um conflito que todos esperavam que fosse curto e definitivo, mas que resultou em um longo e amargo aperitivo de outra guerra.
A trégua estendeu-se por várias trincheiras da frente ocidental naquele primeiro Natal da Primeira Guerra Mundial. No ano seguinte as cenas de confraternização se repetiram, mas em uma escala bem menor. Em 1916 já quase não houve trégua: as batalhas do Somme e de Verdun, nas quais morreram mais de um milhão e meio de soldados, já deixavam claro que aquela era uma guerra cruel e longa.
Essa trégua espontânea, materializada para surpresa e mal-estar dos altos comandos, passou à história “como um momento em que soldados comuns reagiram contra seus líderes e a loucura monstruosa da Primeira Guerra Mundial”, lembrou nestes dias em um artigo noFinancial Times a historiadora Margaret MacMillan, que acaba de publicar The War that Ended Peace: The Road to 1914 (A Guerra que acabou com a paz: o caminho para 1914, em tradução livre).
Há uma imagem que representou mais que todas as outras a confraternização natalina entre ambos os lados: a de soldados inimigos jogando futebol. Talvez a primeira partida entre britânicos e alemães em terra de ninguém perto de Ypres. Em sua lembrança, equipes