resenha critica do livro O HOLOCAUSTO BRASILEIRO
A autora relata várias situações desumanas vivenciadas pelos pacientes desde a triagem. A alimentação dos pacientes era escassa, tendo apenas três refeições ao dia, sendo o café da manhã servido apenas aos pacientes que estivessem na fila, mesmo as refeições oferecidas não continham o mínimo necessário para a alimentação humana, por isso os pacientes tinham que se acostumar com a fome e sede constantes, chegando a casos extremos de se alimentarem de ratos e fezes, e beberem água do esgoto e urina. Os pacientes eram submetidos a diversas formas de tratamento, muitos sendo altamente desumano, degradante e muitas vezes não condizente com o caso do paciente, como a lobotomia, o eletrochoque, camisa de força, solitária, etc. Os próprios funcionários da instituição admitiram que muitas vezes essas formas de tratamento não tinham fins terapêuticos, eram apenas uma maneira de controlar ou punir os paciente e além de diversas vezes serem administrados por pessoas que não tinham preparo. Às vezes a demanda dos eletrochoques era tão grande, que a sobrecarga derrubava a rede do município. Ainda eram comuns estupros, torturas, agressões físicas e psicológicas, tanto dos funcionários como de outros internos. As internas grávidas por vezes chegavam a passar fezes no corpo para preservar da aproximação de funcionários e outros pacientes. Eram ainda submetidos a banhos gelados e abandonados doentes em seus leitos para morrer. Havia um acumulo de função aos funcionários desmedidos, muitos passavam de cozinheira à “enfermeira”, os vigias administravam medicamentos e injeções, e participavam das sessões de eletrochoques.
Devido à superlotação da Colônia, os pacientes passaram a ter camas feitas no chão com capim, como medida para abrigar mais pacientes. Em noites frias os pacientes se amontoavam para se esquentar, sendo que não era incomum paciente amanhecerem mortos. Os