Resenha do livro de rubem alves
Rubem Alves nasceu em Boa Esperança no ano de 1933 e foi criado dentro da tradição calvinista. Seu percurso profissional e intelectual iniciou-se num seminário protestante, com o estudo de teologia. Seguiu-se o mestrado em Teologia em Nova Iorque e o doutorado em Filosofia em Princeton. Também é psicanalista pela Associação Brasileira de Psicanálise mas seu prazer e realização é sobretudo sua atividade como escritor. É através das palavras que o filósofo, o teólogo, o psicanalista e o professor se dão a conhecer. Vive atualmente em Campinas onde continua escrevendo, mas também viaja para prestar conferências. Seu interesse pela educação é visível em seus livros. O livro “Estórias de quem gosta de ensinar” constitui-se de 27 crônicas com o mesmo tema central: a Educação e a Ciência. A primeira crônica, sob o título, “Da inutilidade da infância” trata da questão do pragmatismo que nos é apresentado desde a infância onde somos valorizados por aquilo que fazemos de útil, não dando assim o direito da criança ser simplesmente criança. Em “Pinóquio às avessas” há uma crítica a uniformização da mente humana e ao ensino que se despe dos sentimentos e se concentra na razão e do risco que se corre de se impor verdades particulares. Em “Tropeções da inteligência” o questionamento se faz em cima do conceito de inteligência, daquilo que academicamente se considera ser inteligente. Nos mostra também a diferença entre sabedoria e inteligência; educação não pode ser desvinculada da vida. Em “Sobre o saber e o prazer” o autor com um embasamento nas palavras do filósofo Nietzsche, apresenta a sabedoria do corpo e da vida. Há uma crítica ao saber que destrói e a ciência que se corrompe, não se importando com a vida Em “Procura-se um flautista feiticeiro” a crítica sobre a ciência enquanto destituída de sentimentos se coloca de forma mais forte. A ciência subordina-se ao dinheiro e a