resenha do livro Fomos maus alunos Rubem Alves
691 palavras
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O livro, Fomos Maus Alunos, dos autores Gilberto Dimenstein e Rubem Alves, é um diálogo bem humorado das próprias experiências do período escolar de cada um deles. Os autores questionam o congelamento dos métodos de ensino nas escolas tradicionais e os vários aspectos do currículo escolar. Eles comparam a escola a uma caixa de brinquedo, em que a caixa é encantadora, mas o brinquedo não é tão bom assim. As crianças adoram o ambiente escolar, mas não gostam de assistir as aulas. Enquanto para Rubem Alves a caixa de brinquedos era o máximo, para Gilberto nem a caixa encantava, o que interessava estava fora dos muros da escola. Na infância o que mais os entediava era a ausência da realidade social incorporada aos métodos de ensino em sala de aula. Ocorriam naquela época importantes acontecimentos no mundo e os professores insistiam em um aprendizado guiado por cartilhas com frases feitas. Outro fator que chama a atenção são os “rótulos” e “discriminações” que as crianças sofrem e que muitas vezes fazemos vistas grossas ou não conseguimos detectar. Gilberto e Rubem Alves, falam de seus problemas na escola; um por ser judeu e o outro protestante.
Gilberto relata que era julgado pelos professores, diretores e até mesmo por seus pais como um mau aluno, um fracassado que não teria futuro. Já Rubem Alves era um mau aluno, mas tirava boas notas apenas para passar de ano e não decepcionar sua mãe. Os autores tentam consolar os dramas do passado comparando as próprias trajetórias as de Mozart, Carlos Drummond de Andrade, Einstein entre outros que também foram maus alunos na infância. Ao longo do livro os autores colocam suas experiências de forma bem humorada e propõem medidas para valorizar e suprir as necessidades acadêmicas tanto dos alunos como dos educadores. Eles se referem também às obrigações impostas pelos programas escolares, que não priorizam as necessidades reais do aluno, nem o aumento da criatividade. O ato de aprender se torna pesado para o