Escritores da liberdade
No seu primeiro dia de aula ela não imaginava o que iria enfrentar. Sua turma, assim como toda a escola era heterogênea, dividida entre gangues e etnias e corrompida pela violência e tensão racial. A professora mesmo um pouco decepcionada pelo desinteresse dos alunos pela aula e pela maneira que eles demonstram intolerância e resistência à interação, preferindo isolar-se em guetos dentro da sala de aula, ainda se depara com um sistema deficiente, preconceituoso e nada inclusivo. Ela percebe que a educação naquela escola não era exatamente como se imaginava...
A nova professora é vista por todos como representante do domínio dos brancos. Os estudantes a vêem como responsável por fazer com que eles se sujeitem a dominação dos valores dos brancos. E a professora Erin Gruwell vê suas iniciativas para quebrar essas barreiras do relacionamento dentro da sala de aula, uma a uma, se partirem, resultando apenas frustrações.
Apesar de aos poucos demonstrar desânimo em relação às chances de êxito no trabalho com aquele grupo, Erin não desiste de sua empreitada, e acredita que há possibilidades reais de superar as mazelas sociais e étnicas ali existentes.
Após mais uma tentativa de humilhação e implicância de seus alunos um pelo outro, a professora se depara com mais uma forma de violência explicita: o racismo em forma de um desenho. E através desse desenho, ela tem a oportunidade de explicar que atitudes como essas apenas gerariam mais violência, humilhação e perdas, citando inclusive um dos desenhos que foram feitos pelos nazistas na época do holocausto para humilhar o povo judeu.
Pela atitude dos jovens diante de tal fato, ela percebeu que faltava na turma o conhecimento que os fizesse escolher seus caminhos e mudar o curso de suas vidas. E desta forma, ela busca utilizar as características comuns às vidas deles para ensinar