Resenha do documentário a revolução não será televisionada
Publicado por Acadêmicos em 1 de julho de 2011 · Deixe um comentário Aluno: Mateus Júnio Pires Guimarães O documentário A revolução não será televisionada,dirigido e filmado por Kim Bartley e DonnachaO’Briain, apresenta os acontecimentos do golpe contra o governo do presidente Hugo Chávez, na Venezuela, em abril de 2002. Os cineastas, responsáveis pelo documentário, estavam ha alguns meses na Venezuela, onde filmavam um documentário sobre Chávez, quando, surpreendido pelo desenvolver do golpe militar,resolvemregistrá-lo em seu vídeo.
No filme é retratadaa guerra que Hugo Chávez, conhecido por seu mandato polemico de críticas ao neoliberalismo, enfrentava com os canais privados de comunicação, controlados pelos mais poderosos interesses econômicos de seu país.
A preocupação de Chávez com o plano de comunicação de seu governoé exposta no documentário. Para ele, a falta de uma comunicação eficiente, representada por uma boa divulgação das conquistas e dos planos de execução do governo, era considerada uma falha na revolução. Pensamento esseque vai de encontro ao de escritores sobre comunicação na modernidade.
O vídeoevidencia a relação da mídia com a elite econômica, evidencia como essa mídia manipula os fatos para construir uma realidade que a favorece. No vídeo, uma manipulação de imagens, feita pela mídia privada daquele país, dos acontecimentos de 11 de abril de 2002, é desmascarada.A farsa consistia em exibir manifestantes chavistas atirando, num ângulo que não mostrava os alvos dos disparos. Repedidas várias vezes essas imagens, pela televisão davam a entender que Chávez era o culpado pelas mortes daquele dia.
O documentário, assim como a mídia, não pode ser considerado isento de interesse. Ao apresentar os meios de comunicação privados comparando Chávez, por exemplo, a Hitler e a Mussolini ele assume uma posição tendenciosa ao chavismo. Com sua narrativa, sua seleção de imagens e de falas, o