Resenha de Regime de historicidade
O regime de historicidade se refere a algo mais ativo, não marcam o tempo de forma neutra, mas sim, organizam o passado como uma sequência de estruturas.
Para o autor os regimes de historicidade se dividem em antigo, cristão, moderno e o atual. O antigo é de formulação latina e concepção grega e durou 20 séculos. Sua visão era da historia magistra, uma história dos governantes romanos, assembleias populares e depois dos príncipes. Perdurou até metade do século XVIII, apesar de ter ficado subordinada e cristianizada na idade média, não desapareceu. No renascimento como crítica à Cristandade a historia magistra foi reformulada. A história passava a olhar para toda a raça humana, reis e súditos.
A história na Mesopotâmia antiga era trabalho dos adivinhos, portanto oracular, mas embasada na utilização de exemplos do passados para entender o presente e desvendar o futuro. Os adivinhos usavam também os fatos históricos e os historiadores, por vezes, consultavam os oráculos. Era a “história dos precedentes”.
No século XVI, durante grande agitação mundial, intelectuais estavam preocupados e ansiosos com o Novo Mundo, vem então a necessidade de ter um suporte, este suporte é o passado, que se conhecido, permite entender o presente e prever o futuro.
Em 1580, Montaigne escreve: Eu não pinto o ser. Eu pinto o movimento, com isso se retira para dentro do presente.
Havia então um uso da historia magistra, mas ao mesmo tempo uma crítica a mesma, e até necessidade de solapá-la.
No século XVIII e XIX começam a estudar o passado recente (Tocqueville).
Momentos históricos como o do governo de Napoleão, tem sua viés voltada para grandes homens do passados, glórias e feitos. A Revolução Francesa, em 1789, é um marco no tempo