Resenha Mitos e Mitologias Políticas
Instituto de História
Departamento de História
Disciplina: Nebulosa Fascista
Prof. Dr. Ricardo Castro
Resenha do capítulo “A conspiração” do livro “Mitos e mitologias políticas” de Raoul Girardet
Rio de Janeiro
25/Setembro/2014
1 - Introdução
A partir da leitura do capítulo “A conspiração” do livro “Mitos e mitologias políticas” de Raoul Girardet, o objetivo desse trabalho é realizar uma resenha crítica do capítulo, procurando relacioná-lo com outros estudos realizados acerca dos fascismos.
2 - Resenha Crítica
O capítulo começa com a descrição de uma parte de um romance primeiramente publicado em Berlim em 1868 em que descreve uma reunião que dá início a uma conspiração judaica que intenciona subverter metodicamente a ordem mundial de diversas maneiras, no plano político, econômico, social e religioso, criando em seguida uma nova ordem em que os judeus controlarão o mundo. Girardet ressalta que, em posteriores publicações do trecho, com alterações e acréscimos, é perceptível a significativa diferença de que a reunião e seu significado são tratados como verídicos.
De forma semelhante, o romance de folhetim “O judeu errante” de Eugène Sue, publicado em 1848, próximo às jornadas revolucionárias, descreve elementos de uma conspiração jesuítica.
Igualmente descrito nas páginas de um romance, de Alexandre Dumas nesse caso, encontra-se uma narrativa conspiratória que, a partir do ano de 1770, porá fim a velha ordem monárquica cristã do “Antigo Regime” europeu, sendo substituída por um “reino universal da Liberdade e da Igualdade”, uma nova ordem orquestrada pela Maçonaria.
As três narrativas possuem em comum a ideia de que a sucessão de acontecimentos é o resultado de um plano sistemático e cuidadosamente executado. Segundo esses pontos de vista, não há lugar para o processo histórico e sua imprevisibilidade. Para Girardet, as três fazem parte do imaginário político do