A História e seus Regimes
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH
Licenciatura em História - EAD
UNIRIO/CEDERJ
Iésus Ignes Emidio Soares
Graduando - 2013
Resenha
Obra: Regimes de Historicidade
Autor: François Hartog
Ano: 1996
A história e seus regimes
Como explicitamente já diz o titulo, em “Regimes de historicidade”, Hartog tenta nos mostrar esses períodos (regimes) que ao logo de nossa história foram se estruturando, criando raízes e, ditando à sociedade, um ritmo ao qual deveríamos seguir em nossas relações com o tempo. Num ponto de vista isso até me parece meio paradoxal. Ao passo que os célebres acontecimentos de nossa sociedade contribuíam para a demarcação de um novo regime de historicidade, esse mesmo regime nos infligia uma nova relação com o tempo.
Nessa perspectiva, Hartog levanta uma questão: “Devemos tratar a questão do tempo ou o tempo como questão?”.
Nesse momento, mergulhados nas profundezas do pensamento, começamos a idealizar essa incógnita um tanto quanto simples e complexa.
Qual tem sido a relação sociedade x tempo? Quais pontos da nossa longa linha do tempo poderíamos trazer à tona para poder nos mostrar as predominâncias temporais
(passado, presente e futuro) numa determinada época?
Ao passo que trazemos o tempo como sendo uma questão, sob a forma de um ponto de partida das interrogações feitas por nós ao longo de nossa história, ou como temos interpretado a subjetividade do tempo como questão, começamos a traçar demarcações em nossa história, chegando praticamente, ao objetivo de Hartog em definir e questionar os regimes de historicidade.
Para Hartog, um regime não marcava simplesmente uma faixa do tempo, mas o organizava com uma série de estruturas, dotando de um ritmo a marca do tempo.
Para começarmos a acompanhar essa demarcação de regime cito Tocquevile: “Quando o passado não mais lança luz sobre o futuro, o espírito caminha nas trevas...”(De la
Démocratie en