resenha critica: conceito de normal em patologia
A sociedade ainda não tem um pensamento maduro o suficiente para lidar com as pessoas ditas como “loucas” – como são chamadas pela mesma. Para ela, uma pessoa que não segue a regra, que não age de forma comum, dentro de um padrão, não é considerada normal. Sendo então apelidada de doida, louca, maluca, entre outros nomes. Mas será que esta definição dada de forma tão dissoluta estaria correta? Ser louco é mesmo não agir como todo mundo? Este é um tema muito delicado e que acarreta em muitas discussões a respeito. Não é fácil – e creio que nem seja certo – traçar uma linha divisando o normal e o patológico, no que diz respeito à loucura. Ambos fazem parte de uma mesma realidade, mas o maior problema é a máscara que a sociedade coloca neste grupo em especial. O peso do estigma posto sobre eles, pelos ditos “normais, é muito grande e isso acaba segregando-os e pondo-os, por assim dizer, em um patamar inferior e desfavorecido. Até que ponto fugir da normalidade pode ser considerado loucura? Acredito que, se não todas, uma boa parte das pessoas já pensou, ao menos uma vez, em se desviar da linha reta. Posso até mesmo trazer um questionamento onde: se manter sempre nas normas, seguir sempre o padrão, também não poderia ser uma espécie de patologia? Talvez seja importante se manter atento para isto. Essa possível compulsividade em estar sempre “na linha”. Dalgalarrondo nesse capitulo inicia falando da problemática classificar o normal e o patológico. Para ele alguns casos de alterações do comportamento de intensidade e período elevado, enquanto em outros a diferenciação se faz de grande dificuldade, uma vez que os comportamentos observados, assim como suas funcionalidades, poderiam se passar facilmente como algo comum. Ainda essa discussão estende-se por varias áreas da saúde mental.
É