Resenha Critica

Resenha Crítica sobre o filme “As bruxas de Salém”

A cultura de cada povo é produto de longos anos na historia. A partir deste conceito, somos diferenciados pelos nossos conceitos de certo ou errado, costumes, mitos, linguagem, e temos singularidades que distinguem culturas entre si.
O conceito de doença e saúde pode mudar de uma cultura para outra, onde algumas patologias e até mesmo comportamentos podem ser visto de forma aceitável em um determinado povo ou ser motivo de exclusão social para outro.
Em determinas épocas da história, a concepção de saúde-doença era estabelecida a partir das crenças e formas de percepção do mundo à sua volta em algumas civilizações. Era comum relacionar a doença com a magia, feitiçaria ou religião. Em partes do Oriente Médio, determinadas religiões agregavam fatos a destino onde algumas doenças eram vistas como castigo dos deuses e a sua cura seria uma bênção divina para aqueles que assim merecessem.
Michel Foucault, em seu livro Doença mental e psicologia, diz que “a doença só tem realidade e valor de doença no interior de uma cultura que a reconhece como tal.” (FOUCAULT, 1975, p. 49). Diante deste entendimento, podemos afirmar que cada cultura ou povo estabelece seus próprios padrões daquilo que venha a ser normal ou anormal para si, fato que podemos observar no filme “As bruxas de Salém”.
Para Fritjof Capra, a saúde é compreendida como um fenômeno multidimensional que envolve não só aspectos físicos, mas psicológicos e sociais.
Sabemos hoje que, para falar sobre este processo saúde-doença, não podemos nos restringir a especificidades isoladas, mas nos atentarmos a todo um histórico que ao longo de anos contribuiu e contribui para a construção de um saber de dimensões social, físico, mental e econômico essencial na promoção de uma melhor qualidade de vida para o ser humano.

Referências
Souza E.C.F.; Oliveira A.G.R.C. O processo saúde-doença: do xamã ao cosmos. Odontologia Social: textos selecionados, publicado